O estado de Pernambuco e provavelmente aquele que tem a maior diversidade de manifestações culturais do Brasil. Recife e a região metropolitana que tem o maior numero de Pontos de Cultura reconhecidos pelo MinC, e Olinda, a cidade com “maior numero de artistas por numero quadrado” do pais.
Entre as grandes festas que cada ano se realizam no estado, temos em primeiro lugar o “Ciclo Carnavalesco”, e depois, o “Ciclo das paixões”, (espetáculos que retratam os últimos dias da vida de Jesus Cristo), o “Ciclo Junino”, (festas a São João, com as suas maravilhosas quadrilhas e festas de Forró), e o “Ciclo Natalino.”Alem disso, desde o ano 1990, uma pequena cidade do interior chamada Garanhuns começo a ter um Festival de Inverno (aqui no Sul o verão do norte é seu inverno, e vice-versa), que 18 anos depois se há convertido no: “Maior Festival cultural do nordeste, do Brasil, das Américas...do mundo” nas palavras dos entusiastas comentadores e divulgadores do evento.
Umas semanas antes do acontecimento, a Caravana foi convidada pela Fundarpe para apresentar um projeto, junto com os outros 38 Pontos de Cultura pernambucanos, para realizar oficinas como parte da programação do Festival, projeto que finalmente foi selecionado, junto com outros seis, para participar nesse grande acontecimento.
A 250 quilômetros de Recife, Garanhus se encontra entre sete colinas, tem um clima fresco que pode chegar a menos 10%, e uma vez chegados a cidade, no dia 18 de julho, XII aniversario da Caravana, os 10 membros da Caravana atual, (com dois convidados) fomos alojados num centro de acolhimento da Secretaria de Educação, em dois quartos (homens e mulheres separados).
Nosso convenio com a Fundarpe e a Municipalidade de Garanhus tinha dois aspectos, a montagem e aluguel de nossa lona de circo para receber os representantes ao I Fórum de Cultura dos Quilombolas em Pernambuco, e a realização de quatro series de oficinas para crianças e adolescentes quilombolas em Castainho, um remanescente quilombolo a 15 kms de Garanhuns.
Graças a isso, do dia 18 ao dia 26, a Caravana tive a oportunidade de ser uma das 150 manifestações culturais, que incluíram espetáculos cênicos, cortejos de grupos populares, mostras de cinema e literatura, teatro, artes circenses, artes plásticas, exposições fotográficas e artesanais, espetáculos de rua, palestras, rodas e oficinas em cinco palcos e no quilombo de Castainho, que constituírem a programação do Festival de Inverno de Garanhuns.
As grandes figuras do show buzines brasileiro alternaram com os grupos de forro pe de serra, forró pesado, forró eletrônico, coco, samba, cavalo marinho, ciranda, reisado, frevo, pífano, tores indígenas, mazurcas, maracatu, mamulengo, as orquestras sinfônicas e gospels religiosos e as bandas de todos os gêneros imagináveis.
Alem disso, a Fundarpe alugou uma linda casa amarela colonial, “A Casa dos Pontos de Cultura de Pernambuco”, onde aconteceram muitas outras atividades que cada um dos pontos ofereceu para enriquecer o magnífico evento, entre elas uma estação de radio que funciono os 10 dias que o FIG aconteceu.
Milhares de pessoas, turistas, artistas, pessoal de seguridade, jovens, artesãos, vendedores de pinga e alimentos, de todo o Brasil e de outros paises como Cuba, chegaram e curtiram dia e noite desta festa sem igual por sua diversidade e qualidade dos espetáculos todos.
E nos da Caravana, ocupados no dia nas oficinas com a juventude quilombola, aproveitamos as noites, chuvosas, frias, para dançar, perdidos uns dos outros no meio das multidões, beber uma cachaça com limão e mel o com canela e pimenta, cantar com outras milhares de vozes e voltar à base antes do amanhecer para retomar as nossas atividades depois do café da manha em nosso refeitório.
As oficinas foram maravilhosas, difíceis, cheias de desafios, com mais de 120 crianças bangunceras, hiper-ativas, super empolgadas, indisciplinadas, tímidas, fomentas de todo tipo de alimento, para o corpo, a mente e o espírito, mais com os olhos brilhantes e os corações bem abertos para receber um poço de amor, ternura, informação e vivencias novas, dos bem provados “guerreiros do arcoiris” que nesses dias tivemos que ser de novo.
Oficinas nunca antes oferecidas no estado, muito menos no contexto das crianças quilombolas: Eco- educação, Vida Saudável, Circulo de Mulheres e cultura de Paz, num experimento de convivência que afortunadamente deu resultados ótimos que foram reconhecidos, comentados, acrescentados nas avaliações que todos os participantes, os moradores do quilombo Castainho, os produtores e organizadores, os representantes das instituições tiveram ao concluir das atividades desempenhadas pela Caravana.
Na semana que passamos no Castainho, conseguimos que cada uma das turmas que escolheram nossas oficinas, entre 18 e 65 crianças em cada uma, tivera uma apresentação pronta para o dia de encerramento, planejado como uma grande festa para a comunidade em geral. À tarde-noite do 25, a lona de circo da Caravana, com suas bandeiras arcoiris, estava pronta para receber todos e todas, e a celebração foi um lindo e comovedor momento, que ficara na memória desses jovens por muito tempo.
Os meninos dos dois coros da professora Catarina, a turma de dança que pegou as oficinas de Arte das mandalas no ritmo Afro-Brasileiro do Ponto de Cultura Menina-Mulher, e os quatro grupos de nossas oficinas compartilharam, a maior parte deles apresentando-se ante uma audiência pela primeira vez nas suas vidas, o resultado do aprendido, na forma de uma peca de teatro ecológica, uma roda e cerimônia de mulheres, uma sessão de ioga e um toré indo-americano, para a felicidade e orgulho de todos os que estivemos nessa festa inesquecível.
No dia 26, dia “fora do tempo,” baixo uma chuva fina, como no primeiro dia do montagem, levantamos o acampamento em Garanhuns, a grande e pesada lona, os equipes de som, luzes, oficinas, e nos despedimos, entre muitas lagrimas e saudade, dos meninos e meninas do Castainho.
Prontos para a seguinte aventura, com uma parada de dois dias no paraíso do Ponto de Cultura Boi da Macuca na Fazenda da Macuca em Poço Comprido, Correntes, convidados pelo histórico Zé da Macuca, um dos mais mágicos sítios que temos visitados nestes últimos tempos no nordeste brasileiro.
ENCONTRO CONEXAO MERCOSUL CULTURAL e PONTOS DE CULTURA em Garanhuns
Dias antes de nossa saída a Garanhuns, também nos foi confirmado o convite a participar auditório do Hotel Tavares Correia, onde uma grande parte dos coordenadores dos pontos, do pessoal da Fundarpe a muitos artistas se alojaram.
O encontro reuni aos representantes da Fundarpe, TV Brasil, o Canal Integración, o MinC Nordeste e o Minc Federal, Ministério de Relações Exteriores, da Teia por Invenção Brasileira, e dos Pontões de Cultura: Fabrica do Futuro de MG, IPSO de São Paulo, Circo Digital de RJ, Cria de Salvador de Bahia, teatro do Oprimido, RJ, Biblioteca Fórum Social Mundial, RGS, Encarte de Fortaleza, Cinema de Animação e Negras Raízes de Pernambuco e a Caravana Arcoris, o único pontao itinerante e internacional do programa Cultura Viva
Verônica e Coyote Alberto foram os representantes da Caravana, e tiveram a oportunidade de apresentar um poço do histórico e do trabalho da Caravana, junto com os outros pontões, e de oferecer-se como parte da coordenação e da criação de uma “Aldeia temporal de Paz” no marco do próximo Fórum Social Mundial que terá lugar do 27 janeiro 2009 ao 1 fevereiro 2009 na cidade de Belém, no estado de Pará.
A proposta foi incluída numa agenda de eventos no Brasil todo, para fortalecer a integração do Brasil com o resto dos paises do continente, na área da cultura, preparando o terreno para a criação da conexão MercoSul reunindo Pernambuco, Argentina, Uruguai e Venezuela, e para:“ Promover a articulação necessária entre os setores produtivos, relacionados diretamente à economia da cultura, com fins de promover o cenário nordestino, preparando-o para uma estruturação capaz de suportar o desenvolvimento sustentável.”
Para dar continuidade a esse projeto, a Caravana, junto com os coordenadores das anteriores “Aldeias de Paz “ dos Fóruns Sociais de Porto Alegre e de Caracas, entre eles Thomas Enlazador do Bicho do Mato, onde a Caravana esta ficando desde o mês de fevereiro, estamos trabalhando num “Chamado” biorregional, nacional e internacional, para procurar parcerias, apoios, fundos, voluntários, equipes, materiais, para a nossa mobilização e para a criação da Aldeia.
Nos próximos comunicados, a gente vá enviar a tod@s vocês mais informação sobre o Fórum e sobre nossos planes de viagem e da construção da Aldeia. Fiquem ligados!
Entre as grandes festas que cada ano se realizam no estado, temos em primeiro lugar o “Ciclo Carnavalesco”, e depois, o “Ciclo das paixões”, (espetáculos que retratam os últimos dias da vida de Jesus Cristo), o “Ciclo Junino”, (festas a São João, com as suas maravilhosas quadrilhas e festas de Forró), e o “Ciclo Natalino.”Alem disso, desde o ano 1990, uma pequena cidade do interior chamada Garanhuns começo a ter um Festival de Inverno (aqui no Sul o verão do norte é seu inverno, e vice-versa), que 18 anos depois se há convertido no: “Maior Festival cultural do nordeste, do Brasil, das Américas...do mundo” nas palavras dos entusiastas comentadores e divulgadores do evento.
Umas semanas antes do acontecimento, a Caravana foi convidada pela Fundarpe para apresentar um projeto, junto com os outros 38 Pontos de Cultura pernambucanos, para realizar oficinas como parte da programação do Festival, projeto que finalmente foi selecionado, junto com outros seis, para participar nesse grande acontecimento.
A 250 quilômetros de Recife, Garanhus se encontra entre sete colinas, tem um clima fresco que pode chegar a menos 10%, e uma vez chegados a cidade, no dia 18 de julho, XII aniversario da Caravana, os 10 membros da Caravana atual, (com dois convidados) fomos alojados num centro de acolhimento da Secretaria de Educação, em dois quartos (homens e mulheres separados).
Nosso convenio com a Fundarpe e a Municipalidade de Garanhus tinha dois aspectos, a montagem e aluguel de nossa lona de circo para receber os representantes ao I Fórum de Cultura dos Quilombolas em Pernambuco, e a realização de quatro series de oficinas para crianças e adolescentes quilombolas em Castainho, um remanescente quilombolo a 15 kms de Garanhuns.
Graças a isso, do dia 18 ao dia 26, a Caravana tive a oportunidade de ser uma das 150 manifestações culturais, que incluíram espetáculos cênicos, cortejos de grupos populares, mostras de cinema e literatura, teatro, artes circenses, artes plásticas, exposições fotográficas e artesanais, espetáculos de rua, palestras, rodas e oficinas em cinco palcos e no quilombo de Castainho, que constituírem a programação do Festival de Inverno de Garanhuns.
As grandes figuras do show buzines brasileiro alternaram com os grupos de forro pe de serra, forró pesado, forró eletrônico, coco, samba, cavalo marinho, ciranda, reisado, frevo, pífano, tores indígenas, mazurcas, maracatu, mamulengo, as orquestras sinfônicas e gospels religiosos e as bandas de todos os gêneros imagináveis.
Alem disso, a Fundarpe alugou uma linda casa amarela colonial, “A Casa dos Pontos de Cultura de Pernambuco”, onde aconteceram muitas outras atividades que cada um dos pontos ofereceu para enriquecer o magnífico evento, entre elas uma estação de radio que funciono os 10 dias que o FIG aconteceu.
Milhares de pessoas, turistas, artistas, pessoal de seguridade, jovens, artesãos, vendedores de pinga e alimentos, de todo o Brasil e de outros paises como Cuba, chegaram e curtiram dia e noite desta festa sem igual por sua diversidade e qualidade dos espetáculos todos.
E nos da Caravana, ocupados no dia nas oficinas com a juventude quilombola, aproveitamos as noites, chuvosas, frias, para dançar, perdidos uns dos outros no meio das multidões, beber uma cachaça com limão e mel o com canela e pimenta, cantar com outras milhares de vozes e voltar à base antes do amanhecer para retomar as nossas atividades depois do café da manha em nosso refeitório.
As oficinas foram maravilhosas, difíceis, cheias de desafios, com mais de 120 crianças bangunceras, hiper-ativas, super empolgadas, indisciplinadas, tímidas, fomentas de todo tipo de alimento, para o corpo, a mente e o espírito, mais com os olhos brilhantes e os corações bem abertos para receber um poço de amor, ternura, informação e vivencias novas, dos bem provados “guerreiros do arcoiris” que nesses dias tivemos que ser de novo.
Oficinas nunca antes oferecidas no estado, muito menos no contexto das crianças quilombolas: Eco- educação, Vida Saudável, Circulo de Mulheres e cultura de Paz, num experimento de convivência que afortunadamente deu resultados ótimos que foram reconhecidos, comentados, acrescentados nas avaliações que todos os participantes, os moradores do quilombo Castainho, os produtores e organizadores, os representantes das instituições tiveram ao concluir das atividades desempenhadas pela Caravana.
Na semana que passamos no Castainho, conseguimos que cada uma das turmas que escolheram nossas oficinas, entre 18 e 65 crianças em cada uma, tivera uma apresentação pronta para o dia de encerramento, planejado como uma grande festa para a comunidade em geral. À tarde-noite do 25, a lona de circo da Caravana, com suas bandeiras arcoiris, estava pronta para receber todos e todas, e a celebração foi um lindo e comovedor momento, que ficara na memória desses jovens por muito tempo.
Os meninos dos dois coros da professora Catarina, a turma de dança que pegou as oficinas de Arte das mandalas no ritmo Afro-Brasileiro do Ponto de Cultura Menina-Mulher, e os quatro grupos de nossas oficinas compartilharam, a maior parte deles apresentando-se ante uma audiência pela primeira vez nas suas vidas, o resultado do aprendido, na forma de uma peca de teatro ecológica, uma roda e cerimônia de mulheres, uma sessão de ioga e um toré indo-americano, para a felicidade e orgulho de todos os que estivemos nessa festa inesquecível.
No dia 26, dia “fora do tempo,” baixo uma chuva fina, como no primeiro dia do montagem, levantamos o acampamento em Garanhuns, a grande e pesada lona, os equipes de som, luzes, oficinas, e nos despedimos, entre muitas lagrimas e saudade, dos meninos e meninas do Castainho.
Prontos para a seguinte aventura, com uma parada de dois dias no paraíso do Ponto de Cultura Boi da Macuca na Fazenda da Macuca em Poço Comprido, Correntes, convidados pelo histórico Zé da Macuca, um dos mais mágicos sítios que temos visitados nestes últimos tempos no nordeste brasileiro.
ENCONTRO CONEXAO MERCOSUL CULTURAL e PONTOS DE CULTURA em Garanhuns
Dias antes de nossa saída a Garanhuns, também nos foi confirmado o convite a participar auditório do Hotel Tavares Correia, onde uma grande parte dos coordenadores dos pontos, do pessoal da Fundarpe a muitos artistas se alojaram.
O encontro reuni aos representantes da Fundarpe, TV Brasil, o Canal Integración, o MinC Nordeste e o Minc Federal, Ministério de Relações Exteriores, da Teia por Invenção Brasileira, e dos Pontões de Cultura: Fabrica do Futuro de MG, IPSO de São Paulo, Circo Digital de RJ, Cria de Salvador de Bahia, teatro do Oprimido, RJ, Biblioteca Fórum Social Mundial, RGS, Encarte de Fortaleza, Cinema de Animação e Negras Raízes de Pernambuco e a Caravana Arcoris, o único pontao itinerante e internacional do programa Cultura Viva
Verônica e Coyote Alberto foram os representantes da Caravana, e tiveram a oportunidade de apresentar um poço do histórico e do trabalho da Caravana, junto com os outros pontões, e de oferecer-se como parte da coordenação e da criação de uma “Aldeia temporal de Paz” no marco do próximo Fórum Social Mundial que terá lugar do 27 janeiro 2009 ao 1 fevereiro 2009 na cidade de Belém, no estado de Pará.
A proposta foi incluída numa agenda de eventos no Brasil todo, para fortalecer a integração do Brasil com o resto dos paises do continente, na área da cultura, preparando o terreno para a criação da conexão MercoSul reunindo Pernambuco, Argentina, Uruguai e Venezuela, e para:“ Promover a articulação necessária entre os setores produtivos, relacionados diretamente à economia da cultura, com fins de promover o cenário nordestino, preparando-o para uma estruturação capaz de suportar o desenvolvimento sustentável.”
Para dar continuidade a esse projeto, a Caravana, junto com os coordenadores das anteriores “Aldeias de Paz “ dos Fóruns Sociais de Porto Alegre e de Caracas, entre eles Thomas Enlazador do Bicho do Mato, onde a Caravana esta ficando desde o mês de fevereiro, estamos trabalhando num “Chamado” biorregional, nacional e internacional, para procurar parcerias, apoios, fundos, voluntários, equipes, materiais, para a nossa mobilização e para a criação da Aldeia.
Nos próximos comunicados, a gente vá enviar a tod@s vocês mais informação sobre o Fórum e sobre nossos planes de viagem e da construção da Aldeia. Fiquem ligados!